Louquética

Incontinência verbal

sábado, 4 de setembro de 2010

Ouça um bom conselho (ou sobre mulheres e carcarás)


"Oi, Mara!

Se vc, que é interpelada constantemente por admiradores, não tem novidade, imagine eu...
eu acho que mulher tem que ser do tipo carcará: pega, mata e come (ainda faz sopa com os ossos e chupa o tutano!).
Não sei onde essa mania de grandeza vai lhe levar... na verdade sei: fica aí esperando seu paulista alto e com o p**zão, montado num cavalo branco... acorda, Mara!
Tati."

Bem, eu amo os meus amigos.
Interessante é que eu preciso desses conselhos porque sou mais burocrática do que pareço.
Isso aí acima é um recorte do e-mail que recebi de minha amiga, ontem.
Aí o idiotão lá, aquele que me chamou de cretina, acha que eu tenho a maior vida de promiscuos girl. Ah, como eu queria ter! eu tenho é que incorporar a lógica do carcará mesmo. Mas, não: fico na conversa, jogando o lencinho.
Para não dizer que não saio da linha, a tarde daquele domingo, com o homem que veio de longe, foi a única novidade erótica desses últimos meses. Mas,caramba, acho que eu espero demais!
Na minha mais recente sessão de psicanálise a analista me disse:" Você tem preconceito!. Veja, você tem preconceito introjetado em relação a si mesma".
Aí, então, entendo porque não assumo meus desejos plenamente.
Tenho preconceito, tenho medo, não confio meu corpo a quem eu pouco conheço, preencho formulários imaginários com os homens e procuro pretextos para que o sexo seja postergado para uma data bem posterior, bem para depois, quando não chego a cansar o outro de tanta espera.
O Zé Palerma tinha me dito que soube por terceiros que eu ia casar. Está mal de referências, hein? nem casamento, nem filhos, my friend! gosto mais de mim!
O Zé Palerma fugiu do casamento dele mesmo, impôs uma distância de mais de 700km em relação ao seu par e, de quebra, quando eu desmenti a ideia do casamento, ele deu a deixa de que seria impossível que eu me casasse, já que gosto da diversidade masculina, que tenho mil namorados. KKK!!!
Tati sabe que eu gosto do tipo paulistano. Gosto mesmo. Sou paulistana também, tenho esse álibi,fofinha - e esse é o meu tipo: clarinho, alto, com aquele aludido detalhe anatômico, cabelinho liso ou bem macio.
Baixinho não dá, gente!
Escorreguei em minha tese numa dessas Micaretas, mas gente, baixinho não dá.
O mais hipócrita dos seres humanos que defende que tamanho não é documento deveria encarar que nem mesmo um abraço comporta as diferenças de estatura.
E que ideia louca a de que na horizontal tudo se acerta! Acerta onde, meus amigos?
Para não ser grossa não vou nem adentrar ao assunto com maior profundidade (uhum-hum!!!), mas tamanho é importante sim. E a depender de que coisas estamos falando, tamanho pode não determinar, mas impressiona.
Um gigante adormecido pode ser bem acordado e ficar espertíssimo.
Um anão brincalhão só me faria rir mesmo - pura piada! - aqui, no caso, metaforicamente aludido, sem nada contra os desfavorecidos verticalmente, tá?
Não tenho nada contra baixinhos, apenas não pego baixinhos para consumo próprio, pensando a partir da lógica do carcará.
E quanto às grosserias que envolvem as compensações a partir de dedos e línguas, não se aplica: não tomemos os acessórios como se fossem peças principais. Acessórios são complementos, certo?
Mas, então, por isso que quando eu estou em São Paulo eu não quero mais voltar para casa. Em que outro lugar eu acharia mais paulistanos?
Fico é ali, bobona, andando e olhando os alunos da Pós da Mackenzie atravessando a rua, fico deambulando pelo Centro, só para ver os paulistanos das lojas, das ruas, dos metrôs...altos, clarinhos, lindos!!!parecem uma fabricação em série de Thales (ah, ele me enrola, mas vai ser lindo assim na casa da mãe! e ainda tem 1,90 de estatura!é muito homem, gente! paciência!).
Dispenso o cavalo branco, mas não o cavalheirismo - isso, sim, me seduz!
Bem, deixa esse assunto na geladeira.
Vou tentar pensar na lógica do carcará e até tentar pensar na sopa que farei com os ossos...temperando bem, que mal tem?

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