Louquética

Incontinência verbal

sexta-feira, 29 de julho de 2011

O tamanho do problema


Sempre que aparece alguma notícia que eu reproduzo aqui, tomo o maior cuidado com as fontes. Mas, onde há fumaça, alguma coisa está queimando...
Foi com uma indignação do outro mundo que captei as declarações do Enrique Iglesias, sobre o ínfimo tamanho do próprio pênis. Pesquisei os vários sites que noticiaram esta tragédia e as fontes mais confiáveis que, infelizmente, confirmaram as declarações dele.
Minha indignação deve-se ao fato de que a natureza foi muito injusta com ele: como é que faz um sujeito ser assim tão gato e carismático, mas economiza numa das áreas mais importantes,prioritárias?
Acho que ele é corajoso, sim: quando eu falei que havia fumaça, foi porque anteriormente ele tinha proposto que a indústria de preservativos fizesse um tamanho para os desafortunados - algo aí abaixo do tamanho mínimo.
Esse papo de que mulher não se importa com o tamanho do pênis é pura ilusão. Claro, há compensações e há outros motivos que fazem com que uma mulher fique com um cara, independentemente de volumes e extensões, ou seja, de tamanho e de diâmetro.
Num exemplo claro de que os homens uma hora percebem isso, um contato meu (kkkk!!!) estava dizendo há uns dias, mui sabiamente: "Esse negócio de que mulher não repara no tamanho do pau (sic) é tudo mentira! Você está lá *** e a mulher está pedindo mais e mais e mais...de repente você **** tudo e ela ainda quer mais, pede mais..."
Com este mesmo contato aprendi outra coisa: Segundo ele, pedofilia é quando um homem mais velho procura situações sexuais de qualquer tipo com uma menina ou com um garoto menor de idade. Todos os casos que envolvem os garotos e as mulheres mais velhas, desde que sejam eles a provocar a situação, não configuram crime desta natureza.
Pelo menos ele já é maior de idade há algum tempo - ufa!!!
Uma vez, apresentando uma comunicação sobre gênero e sexualidade, falei que a sociedade brasileira é falocêntrica. Mas falei em tom intelectual, toda condoída pelo absurdo da situação.
Era uma associação retórica que eu estava fazendo sobre machismo, hegemonia e sexualidade... depois eu me toquei que falocêntricas podemos ser nós, mulheres, que ficamos reparando no tamanho do "tal".
Lembro do filme "Do que as mulheres gostam", quando a personagem da Helen Hunt, que tem seu pensamento lido por Mel Gibson, pensa: "Não vou olhar para o pau dele; não vou olhar, não vou...ai, meu Deus, estou olhando!".
Sofro da mesma síndrome: olho o volume dianteiro da calça dos policiais; olho o "quebra-molas" que se forma em frente ao zíper dos jeans que os homens usam - não quero nem saber se são heterossexuais ou homossexuais...meu olho não é assim seletivo.
Lembro do Homem-Berinjela (e não tem uma vez que eu escreva berinjela e deixe de cogitar se é com J ou G...por sorte, não gosto mesmo de berinjela), personagem do Pânico na TV: ele atrai todos os olhares. E a receita é simples: o ator coloca um volume fenomenal na parte dianteira da cueca e sai de bermuda de lycra, falando distraidamente ao celular...
No último domingo, parodiando a novelinha " O astro" o Pânico lançou "O mastro", que trazia um mágico, vestido de calça branca de lycra, ressaltando um super-mega-máxi-plus-golden volume peniano, nas ruas paulistanas. E o povo? ah, sorriu feliz - uns aquiescentes, outros, invejosos e não poucos cobiçosos. Sucesso desde o primeiro minuto!
Minhas amigas de hoje em dia já não são hipócritas como as de outrora: assumem que não há talento oral ou versatilidade manual (digital?) que compense as faltas que um bom tamanho faz.
Pessoalmente, creio que não é qualquer coisa que preenche o vazio existencial de uma mulher - daí minha inaptidão para frequentar ou morar na Ilha de Lesbos.
Coitadinho do Enrique Iglesias,cujo pai, Júlio Iglesias, alardeia as mais de mil mulheres que ele já levou para cama ( e para a sauna, para a piscina, para o chão...). Eu jurava que tamanho era um negócio genético, predeterminado geneticamente...
Os laboratórios Louquética Medical and Science Research, em pesquisa de amostragem, observou através de um percentual reduzido de população, o predomínio da genética na determinação do tamanho do..hrum-hrum!
As falhas no resultado da pesquisa deve-se, justamente, ao fato de que a amostragem foi mínima e, neste caso, não adentrou aos vários graus de parentesco, ficando apenas na observação de incidências entre irmãos e primos. E aí a semelhança foi total, segundo a conclusão dos pesquisadores.
O caso do Enrique Iglesias levou os laborátorios a repensarem suas práticas de pesquisa e a rever determinados pontos do estudo. Certamente, o Júlio Iglesias não conseguiria atrair tantas mulheres se não tivesse lá um grande, um enorme ou um avantajado motivo para isso. Mas, seja como for, é uma maldade da natureza deixar um sujeito assim, tão bonito, numa situação delicada.

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