Louquética

Incontinência verbal

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Sol, mar e encantamentos


Esqueci de dizer que vi de tudo no réveillon da Praia do Forte. Mágica e ilusoriamente, vi tudo de bom, mas especialmente eu vi muitos homens bonitos, de uma beleza cinematográfica, daqueles que é preciso chegar bem perto para saber que eles são de verdade e que eles existem.
Neste interregno (uma semana) me meti em Guarajuba vários dias e fiquei mega feliz pela segunda-feira ter praia cheia e sol favorável. Também passei em Arembepe, mais para matar a curiosidade dos meus acompanhantes do que por vontade própria, porque gosto de lá apenas para andar e para rir.
Interessante como as pessoas ainda sabem pouco sobre os antigos hippies e como a Aldeia ainda capta turistas, apesar de não convencerem mais ninguém acerca de uma maneira alternativa de vida: todos chupam os frutos do capitalismo, vendendo artesanato a preços de gente grande - qualquer aramezinho custa 80 reais, mano velho... - e cooptando simpatias que possam se converter em grana, mas não serei eu a negar a beleza do lugar.
Nas areias de Arembepe já tropecei num homem nu, nem queiram saber em que parte dele, porque ele estava deitado na areia e era da cor da areia; lá já andei com milhares de amigas e com uns dois namorados; lá já discuti filosofia existencial no tempo em que eu achava que sabia o que era isso; lá já tropecei na pessoa certa na hora errada e, sentindo a pressão da situação, larguei a praia e fui ao meu porto seguro e chato, onde atraquei por quase dez anos...e anos depois,quando encontrei o marinheiro em que tropecei, aí foram vários episódios interessantes que me fizeram perceber que, às vezes, a melhor estória é aquela que se faz por capítulos esparsos, com suspenses, com esperas e, quem sabe,com um final não declarado, mas presumido.
Já estou recarregada por ter ido onde eu queria ir, ter visto o que eu queria, ter comido o que eu queria, ter saboreado as praias que eu gosto,ter experimentado a área de jet de Barra do Jacuípe, que eu nem intentatva ir; por ter meus amigos comigo e encontrar os que nem estavam na lista do meu passeio - tudo valeu e agora que a carruagem se faz abóbora, pouco importa porque já vivi o que eu queria e, afinal, não tenho nada contra abóbora, desde que bem preparada.

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