Louquética

Incontinência verbal

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Sobre estereótipos e poder


Até que tem uns dias em que a gente procura se aproveitar dos estereótipos, só para ficar em paz. Em outros dias é para desfazer de cada um deles, para desconstruir.
Eu vi e ri bastante de um e-mail que trazia um cérebro feminino, como contendo áreas absurdas, tais como: "áreas do viver problemas do passado com a mesma intensidade no presente"; "área da desconfiança de qu está sendo traída" e "área da vingança sexual, do tipo: estou com dor de cabeça, estou com sono".
Os esterótipos estão nas pequenas e quase indetectáveis glândulas que capacitam os cálculos matemáticos e nas imensas zonas responsáveis pela operação da fofoca.
Olha, eu odeio gente calada.
Se estar perto de uma peste berrenta, que ri aos relinchos e que fala como o barulho do trovão incomoda para caramba, posso dizer que a companhia de uma múmia paralítica é ainda pior.
Prefiro mesmo que nós, mulheres passemos por faladeiras. É a gente que verbaliza os problemas, que assume a necessidade de discutir os relacionamentos, que põe a limpo o que os outros põem sob o tapete.
Dos resto dos esterótipo, eu não estou nem aí, mas quanto à nossa compulsão por falar, nada contra!
Vejam, estar perto de múmias silenciosas e paralíticas é um negócio tão incômodo que até nos filmes de terror as múmias um dia se mexem e até mesmo o país das múmias, o Egito, se mexeu e muito.
Olha como é isso, né, gente? esse povo que faz de conta que estar no poder é um sacrifício, não quer largar nunca os postos de direção e de comando.
Aí o Egito abalando p-ara a múmia do Mubarak sair do poder, e o cara não larga!
A múmia do Senado, José Sarney, falou que era um sacrifício pessoal voltar ao comando da casa...Oh, que sacrifício, hein?
E esse povo que é diretor de tudo quanto é coisa, que é presidente de tudo que é coisa, entra no poder e segura as rédeas, prorroga o mandato... aí vem com aquela cara ridícula alegar compromissos morais que pedem mais uma gestão e blablablá...para diretor de escola é assim também. Eu só não entendo como alguém pode ser tão imbecil, idiota, quadrúpede, burróide a ponto de não deduzir que se há disputa pelo cargo, é porque o poder é uma delícia e tem seus frutos apreciados. Não obstante, meia dúzia de jegues não vêem - ou não admitem - que se ser diretor, presidente, comandante, etc., fosse ruim, ninguém estaria na briga ou na disputa por esse lugarzinho ao sol.
Mas eu fico na minha porque é sempre bom lembrar que esse troço de raciocínio, de lógica, não é coisa para mulher.
E passemos aos outros estereótipos em data oportuna.

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