Louquética

Incontinência verbal

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

SatisFashion: para os elegantes!


Recebi este e-mail, cujo conteúdo é atribuído à Glória Kalil.
Hoje em dia a gente tem receio de defender alguma autoria, porque não são poucos os textos que são lançados como sendo de Veríssimo, de Pessoa, de Bandeira, de personalidades da Literatura e da vida pública em geral, mas que, na verdade, são simulados por terceiros e anônimos.
Fora os trâmites da paternidade autoral, há conteúdos interessantes e por isso eis aquele que eu transcrevo abaixo.
Importa a mim não ter desonestidade intelectual, fazendo de conta que a autora sou eu. Não é, não: pode ser mesmo da Glória Kalil.
Eu que vivo dizendo que gente chique, assim como "gente fina, elegante e sincera", usa chita e vira seda, vejo que o texto vai ao encontro do que eu penso: você pode se entupir de grifes, exibir etiquetas como se fossem logomarcas de seus patrocinadores nas suas camisas, vestidos, bolsas, jeans, sapatos, enfim,e ainda assim estar mal vestido-vestida e não ter o menor traquejo social ou não aparentar familiaridade com saltos,acessórios e similares. Vejamos por que:

"Nunca o termo "chique" foi tão usado para qualificar pessoas como nos dias de hoje.
A verdade é que ninguém é chique por decreto. E algumas boas coisas da vida, infelizmente, não estão à venda. Elegância é uma delas.
Assim, para ser chique é preciso muito mais que um guarda-roupa ou closet recheado de grifes famosas e importadas. Muito mais que um belo carro Italiano.
O que faz uma pessoa chique, não é o que essa pessoa tem,
mas a forma como ela se comporta perante a vida.

Chique mesmo é quem fala baixo.
Quem não procura chamar atenção com suas risadas muito altas, nem por seus imensos decotes e nem precisa contar vantagens, mesmo quando estas são verdadeiras.
Chique é atrair, mesmo sem querer, todos os olhares, porque se tem brilho próprio.
Chique mesmo é ser discreto, não fazer perguntas ou insinuações inoportunas,
nem procurar saber o que não é da sua conta.
Chique mesmo é parar na faixa de pedestre.
É evitar se deixar levar pela mania nacional de jogar lixo na rua.
Chique mesmo é dar bom dia ao porteiro do seu prédio e às pessoas que estão no elevador.
É lembrar do aniversário dos amigos.
Chique mesmo é não se exceder jamais!
Nem na bebida, nem na comida, nem na maneira de se vestir.
Chique mesmo é olhar nos olhos do seu interlocutor.
É "desligar o radar" quando estiverem sentados à mesa do restaurante, e
prestar verdadeira atenção a sua companhia.
Chique mesmo é honrar a sua palavra, ser grato a quem o ajuda, correto com quem você se relaciona e honesto nos seus negócios.
Chique mesmo é não fazer a menor questão de aparecer, ainda que você seja o homenageado da noite!

Mas para ser chique, chique mesmo, você tem, antes de tudo, de se lembrar sempre de o quão breve é a vida.
Portanto, não gaste sua energia com o que não tem valor, não desperdice as pessoas interessantes com quem se encontrar e não aceite, em hipótese alguma, fazer qualquer coisa que não te faça bem.
Lembre-se: o diabo parece chique, mas o inferno não tem qualquer glamour!
Porque, no final das contas, chique mesmo é ser feliz!"

Então, gente, São Paulo Fashion Week, sozinha, não sustenta ninguém.
Como Zeca Beleiro, vejo gente "Mais sem graça que a top model magrela na passarela", mas isso é a deselegância interior saindo pelos poros, derrubando a montagem e a produção que as boutiques e personal stylist nenhum podem evitar.

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