Louquética

Incontinência verbal

quinta-feira, 10 de março de 2011

Todo carnaval tem seu fim!


Comparativamente, o meu carnaval na pipoca foi bem melhor do que no bloco.
Saí, mais uma vez, no Afropop, com Margareth Menezes, que eu acho uma cantora excelente. Contudo, dessa vez ela errou feio no repertório mega-repetitivo, não o dela próprio, mas aquelas outras músicas de empréstimos que ela pega dos sertanejos, tocadas novamente no mesmo ponto, ali na subida do Cristo da Barra até a frente do antigo Clube Espanhol - mega chato!
Eu me meto nessa porque o barato do bloco é a companhia, é ver o povo todo junto, se descabelando de dançar, dando uns vexames, porque ninguém é perfeito...
A minha maior surpresa foi ver Andreas Kisser, do Sepultura (grupo um pouco Sepultado da mídia ultimamente), tocando com Margareth Menezes uma versão horrorosa, tétrica e sem noção de O Quereres, de Caetano Veloso.
Em compensação, surpreendentemente, um desse grupos sertanejos que inventam de puxar blocos cantou e acertou quase toda a letra de uma música do King of Leon (Use somebody)
Neste ano, não tenho beijos argentinos para contar. Pelo contrário: depois de umas coisas que eu vi, tive foi medo de beijar um cara e depois encontrá-lo beijando outro homem no bloco.
É, eu não acredito em bissexuais: acho que é a velha receita de usar a mulher como fachada, para encobrir a homossexualidade, sabe? bem assim o oposto, porque há mulheres que têm que manter a aparência ou querem ser mães, ainda que homossexuais.
Oh, negócio difícil, hein? todo mundo quer disfarçar.
Para meu espanto, um quase pretendente arranjado por uma amiga nos tempo de meu mestrado estava no bloco também. E ,pelo jeito,ele deu um pontapé na porta do armário dele - olha que tem gente que tem caso velho e blinda o seu confortável e aquecido armário, mas o Cris foi lá e abriu o dele. E o que saiu de dentro?um homossexual debutante e fechativo, como se diz aqui na Bahia.
Eu penso que o cara é Fashion Ativo e ele é Fechativo. Pode? fechativo é a biba que fecha, escandaliza, arrasa, adora holofotes, nem tem campanhia em casa só para o povo ter que bater palmas para ele todo dia, entenderam?
E como na vida a gente aprende é coisa, vi uma camiseta incrível na qual estava escrito: CAMPANHA PELA VIDA: CUIDE DA SUA!
Adorei!
Vi minhas duas criaturas idiotas de Oceanografia, bem perto de mim, mas comprovei que todos os dois são mais idiotas do que eu poderia imaginar...Olha do que eu escapei! Aleluia!
Sei que desta maratona toda me restou um sono besta, que parece que não passa.
Eu me diverti muito, mas se eu me canso, eu quero voltar para meu nicho logo. Daí que não sou paciente com aquelas enrolações pós-festas.
Devo dizer que até os Filhos de Gandhi, neste ano, estavam feiosinhos. Pouco mais de dez por cento dos homens que eu vi eram bonitos.
Tinha muito filho de Gandhi oriental - o que me fez pensar que Gandhi não perdeu tempo e foi conquistar as japas.
Graças a Deus ainda não tive nenhum carnaval que eu possa chamar de ruim, mas é de espantar que eu não tenha me deslumbrado tanto quanto em anos anteriores, independentemente de argentinos.
A propósito, observamos o marasmo dos camarotes. E tinha uns três muito engraçados, porque se chamavam algo como Camarote da Alegria ou nome similar, alternando palavras como alegria, energia, (até o Harém, sabe?) e o povo parecia um bando de viúvas mal humoradas. Só queria saber qual foi a funerária que patrocinou esses camarotes...antes mesmo da quarta-feira, tudo ali já era cinza.

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